quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Especialista dá curso de práticas corporais baseadas no Tai Chi Chuan

No próximo dia 25, terça-feira, a especialista Denise de Souza Oliveira, faz uma aula demonstrativa de Práticas Corporais baseadas no Tai Chi Chuan, técnica da Medicina Tradicional Chinesa. A primeira aula dá início ao curso que começa no dia 6 de março, serão 10 aulas, duas vezes por semana, às terças e quintas-feiras no Espaço Om Shanti, em Rio Preto. Denise é Terapeuta e responsável pela elaboração de cursos de Tui Na (massagem terapêutica), facilitadora de práticas do Tai Chi Chuan (Escola Liu Pai Lin) há mais de 20 anos. Além disso, tem mestrado em Terapias Complementares pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Segundo a especialista, nos dias atuais, a possibilidade de conciliação das tarefas profissionais, pessoais e sociais tem se tornado uma busca constante. Com esse propósito, além dos benefícios da medicina moderna, a maioria das pessoas também tem procurado práticas complementares. “O objetivo do curso é oferecer instrumentos que praticados e experienciados, possam contribuir na conquista de bem-estar e saúde. A prática de exercícios  baseados no Tai Chi Chuan é constituída de exercícios físicos, respiratórios, relaxamento e auto massagem. Dentre os temas , será abordado  na palestra a origem de tais práticas, os princípios e os seus benefícios”, explica.

O Tai Chi Chuan é uma arte marcial chinesa reconhecida também como uma forma de meditação em movimento. Os princípios filosóficos do Tai Chi Chuan remetem ao taoismo e à alquimia chinesa. O Tai Chi Chuan é apreciado no ocidente especialmente por sua relação com a meditação e com a promoção da saúde, oferecendo, aos que vivem no ritmo veloz das grandes cidades, uma referência de tranquilidade e equilíbrio. Os criadores da técnica basearam sua arte na observação da natureza - não apenas na observação dos animais, mas também no estudo dos princípios da interação entre os diversos elementos naturais. “Como somos parte desta natureza, o conhecimento destes princípios e de como atuam dentro de nós, estudados pela medicina tradicional chinesa, revelam o tai chi como uma fonte efetiva de energia que encontra-se em nosso interior, situada na região do corpo nomeada pelos chineses de dantian médio”, explica Denise.

Serviço
Aula demonstrativa
Dia 25 de fevereiro, das 20h às 21h
Entrada: 1kg de alimento não perecível

Curso de Práticas Corporais baseadas no Tai Chi Chuan
Início no dia 6 de março, com duração de 10 aulas – às terças e quintas-feiras, das 20h às 21h.
Investimento: 2 x R$150,00

Informações e inscrições: (17) 3223.3757
Espaço Om Shanti
Rua 19 de Julho, 55 – Vila Aurora

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Curso de Práticas Corporais

No Espaço OM SHANTI, dia 25/02, às 20 horas.
Entrada: 1kg de alimento não perecível.
Inscrições: (17) 3223.3757


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

EXISTE LUGAR CERTO PARA MEDITAR?

Por: Regina Restelli
www.personare.com.br

Muitas dúvidas podem surgir quando começamos a prática da Meditação. Afinal, nossa sociedade ocidental sabe muito pouco deste hábito tão precioso e por isso acabamos fantasiando que podemos fazer algo errado ao praticá-lo. A verdade é que os questionamentos costumam surgir sempre exatamente quando encaramos o desafio. As perguntas mais frequentes são: "qual é o melhor lugar para eu ter uma boa Meditação?" e "como encontrar a posição mais adequada para meu corpo?".

Quando comecei minhas práticas sozinha, a única coisa que tinha em mente era a certeza de um propósito legítimo de querer realmente viver o estado meditativo. Silêncio mental era algo que eu nem conseguia imaginar ter algum dia. Mas, mesmo assim, determinei que antes de dormir eu me sentaria em minha cama, com as pernas cruzadas, em posição de lótus, e com uma música suave tentaria relaxar.

Devo assumir que foi muito difícil. Primeiro porque meu corpo doía, minhas pernas ficavam dormentes e todo esse desconforto fazia com que eu não conseguisse parar de pensar nele. Além disso, todo tipo de pensamento vinha à minha mente, sem parar, dando muita aflição. Como não conseguia silenciar, comecei a arranjar todo tipo de desculpa e aí surgiram as dúvidas: "será que minha cama era mesmo adequada para a Meditação?". Afinal, naquele lugar eu dividia o sono e muito mais com meu marido.

Reprovava sempre o local escolhido, mas mesmo assim não achei, naquele momento, outro lugar mais tranquilo. Sem opção, me mantive assim durante alguns meses. Com o tempo senti vontade de tentar meditar pela manhã também, e percebi que era bom acordar e me preparar para o dia de forma otimista. Sentir meu corpo, mentalizar e ter a intenção de silenciar a mente estava me ajudando a ficar mais tranquila no dia a dia. O efeito era real, mas ainda difícil de realizar.

ENCONTRANDO O LUGAR IDEAL

Com o tempo, a necessidade de ter um pequeno espaço só meu ficou muito forte. Aproveitei e coloquei minha criatividade para fora, transformando o espaço entre o criado mudo e a parede do lado em local para meditar. Com um pequenino tapete e um banquinho de madeira - para minhas pernas doerem menos - defini o espaço de Meditação em minha casa. Ali sentada me sentia separada de todo o resto do mundo. Quando me dei conta, o meu lado da cama tinha se tornado um lugar especial até mesmo para minha família. Todos acabavam indo para lá quando as coisas não iam bem. Foi curioso, as pessoas diziam que por alguma razão inexplicável relaxavam e muitas vezes sentiam sono.

Com o tempo, percebi que a repetição de estar no mesmo lugar e na mesma posição corporal fazia a minha mente aceitar mais rapidamente que naquele momento diário eu deveria me observar e silenciar. Tudo ficava cada vez mais fácil, levando em consideração que em alguns dias era simplesmente impossível acalmar meus pensamentos. Quando viajava, escolhia um canto do novo quarto e só de me imaginar em minha casa e me sentar na mesma posição, conseguia realizar mais facilmente o exercício.

Hoje tenho um novo quarto, mas mantive a prioridade de ter um pequeno canto para Meditação neste ambiente. Lá mantenho sempre o mesmo tapete, uma almofada - pois minha pernas não doem mais - e um vaso com flores naturais que me ajudam a constatar o silêncio da natureza em constante ação. Ver as plantas nascerem, abrirem suas pétalas e depois morrerem me aproxima da sabedoria de que a única coisa permanente na nossa vida é a impermanência. Admirar sua beleza me traz uma agradável sensação que me leva ao amor incondicional rapidamente. Isso é tudo que preciso ter neste altar para me reequilibrar através da Meditação e do contato mais profundo comigo mesma, pois compreendi que o meu corpo é também o meu templo. Nestes anos de prática, aprendi a aceitar que cada momento é diferente do outro. Em alguns dias o exercício de meditar fica ainda mais profundo e em outros preciso ler palavras de sabedoria para silenciar minha mente.

Espero que com este relato eu tenha levado você a entender o quanto é importante ter "o seu lugar" especial para silenciar sua mente e escutar suas respostas. Ele realmente pode lhe ajudar muito e deve ser exatamente onde você achar mais adequado. O que importa é a sua determinação em fazer dele "o lugar". Sentado ali, no chão, no banquinho, na almofada, na cama, numa poltrona ou cadeira ou com os pés apoiados, está valendo.

Devo ressaltar que quando estamos deitados nossa mente naturalmente entende que devemos adormecer. Por isso, deitar na cama pode não ser muito produtivo para quem quer viver a experiência de um estado de consciência alterado/meditativo.

Devo deixar claro que essa é a minha compreensão e experiência em relação à "Meditação do Bem-Estar" com a qual trabalho. Existem inúmeras técnicas, mas tudo depende de seu comprometimento e determinação em primeiro lugar. Cada pessoa se identifica com uma maneira específica, que pode ser usada como ferramenta auxiliar para entrar no estado meditativo.

Mas meditar é se sentar e mais "nada". Não importa realmente qual técnica vai usar, qual postura vai adotar ou em qual lugar vai fazer. O que interessa é a sua determinação para conseguir meditar cada vez mais profundamente e colher com isso todos os benefícios destes momentos. O importante é se entregar e, aos poucos, se sentir avançando no propósito.

DICAS PARA MONTAR SEU ESPAÇO DE MEDITAÇÃO

1) Escolha um local em sua casa que seja mais tranquilo e reservado.
2) Coloque uma cadeira (se tiver dificuldade ou não quiser se sentar no chão), uma almofada ou um pequeno banco no qual você possa estar bem confortável. A ideia aqui não é tentar fazer posturas difíceis. Basta tentar manter sempre sua postura alongada e ereta.
3) Se quiser, coloque uma flor no ambiente (a cor branca pode lhe ajudar a promover a paz desejada); uma imagem especial que remete à natureza; e, dependendo da sua crença, a imagem de um santo, mestre ou guru. Pode ser também um coração, uma pedra ou apenas nada. Qualquer objeto servirá só de inspiração, o importante é entrar em contato com o seu eu interior.
4) Se achar agradável e possível, coloque um tapete para apoiar seus pés e mentalmente delimitar seu solo especial.
5) Caso goste, tenha por perto uma música ou mantra que deixe você mais tranquilo (o som pode ser muito relaxante).
6) Com o seu lugar definido, sente-se. Não precisa fazer mais nada, nem pensar! Isso inicialmente será desafiador, pois a mente fala muito. Se precisar, coloque sua atenção numa imagem, na repetição continua de um Mantra ( Ex: repita sem parar em voz alta, e aos poucos, passe a repetir apenas mentalmente "Eu Sou" ou "OM"), foque na sua respiração livre, observe o silêncio das flores, aguarde com atenção o próximo pensamento e descarte-o ou apenas ouça a música sem julgamento. Encontre a sua fórmula, mas não desista nunca. Não importa o tamanho da dificuldade. Recomece todos os dias como se fosse o primeiro. Pois ele será diferente sempre. Só com o seu propósito definido você encontrará o seu próprio bem-estar.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

NOSSO MUNDO INTERNO…

Nosso mundo interno é muito fácil de flagrar e investigar. Pode testar no meio da rua, numa festa, no metrô, em qualquer ambiente com seres:

1) Andando de modo automático, envolvido consigo mesmo, sinta internamente como está seu corpo, sua expressão facial e sua respiração assim que você acorda de um micro sonho (aquele pensamento que faz você olhar mas não ver).

2) Enquanto você foca de modo excessivo em algum ser incrivelmente sedutor, observe seu corpo, seu pulmão, veja se isso lhe deixa relaxado ou contraído. Quando você relaxa internamente, o que acontece com o apego àquela aparência? Diminui ou aumenta?

3) Flagre-se enxergando seres humanos como obstáculos, operando por indiferença, e veja se isso produz alegria ou embotamento na sua mente.

4) Quando o mundo parecer cheio de inimigos, pessoas com caras malignas, gente suja e feia e cansada e mal educada, quando surgir aversão e medo e raiva, sinta como fica seu corpo e veja se é gostoso construir essa experiência de mundo. Observe o quanto sua própria mente reifica essa percepção acreditando em mil vozes internas que se autojustificam, e o quanto você mesmo é teimoso e parece não querer descortinar outra realidade.

5) Observe também o que acontece com seu corpo e com sua mente quando você levanta bem o olhar e olha com cuidado para cada ser vivendo seu próprio mundo. Um olhando o celular, o outro sonolento, o casal, os amigos com sacolas, mil olhares e expressões faciais… Todos buscando a mesmíssima felicidade, todos sem saber direito como fazer isso. Todos muito próximos e incrivelmente distantes, se ignorando, como se fizessem um esforço, um pacto sutil de não prestar atenção um no outro. E você ali, se segurando para não quebrar aquela seriedade artificial, para não sentar com todos eles e passar a noite inteira contando e ouvindo histórias.

Surge amplidão? Nesse preciso instante onde estão os seus draminhas? Surge brilho no olho? Surge alegria e vontade de viver e participar do mundo? Surgem ideias de como fazer isso? O corpo relaxa e repousa mais? A atenção se estabiliza e concentra ou se dispersa? Essa é uma boa hora de fazer ciência da mente em primeira pessoa, pra valer.

O que esse olhar mais amplo de compaixão faz com o corpo? E como ativar o corpo internamente para facilitar o surgimento desse olhar mais amplo?

O que aconteceria se todo mundo acordasse no meio de um vagão e se olhasse de verdade? Você consegue imaginar? Quando você experimenta imaginar, surge algum sorriso? Não surge nada?

Nós não andamos em ruas e avenidas e linhas de metrô. Nós andamos em mundos sutis o tempo todo.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

As palavras curam

Confira artigo de Salvador Hernandes publicado na revista Bem-Estar, do Diário da Região, no último domingo!