A
especialista Elisa Harumi Kozasa, neurocientista do Instituto do Cérebro do
Hospital Israelita Albert Einstein, ministra a palestra Neuroplasticidade e
Meditação – aprendendo a manter o cérebro mais atento e funcional - na
Faculdade de Medicina de Rio Preto (FAMERP), no próximo dia 29 de março,
sábado, às 8h30. Elisa é uma das autoras de um estudo recém-publicado na
revista internacional NeuroImage que comparou o desempenho de pessoas que
meditam com o de quem não medita em uma atividade que exige controle de
impulsos. O resultado mostrou que quem medita obteve melhor desempenho.
A
palestra é voltada para médicos, estudantes de medicina e demais interessados
no assunto. O objetivo é apresentar os resultados de pesquisas da área que
mostram como a meditação pode influenciar de forma direta na saúde e como esta
técnica pode ser um dos complementos para o tratamento médico. "O
treinamento em meditação modifica as áreas cerebrais. O córtex fica mais
espesso em partes relacionadas à atenção, à tomada de decisões e ao controle de
impulsos", explica a especialista.
Em
um dos estudos realizado com a participação de Elisa, finalista do Prêmio Saúde
de 2013, foi possível verificar que cuidadores de pacientes com Alzheimer que
passaram por um programa que envolvia ioga e meditação conseguiram não apenas
diminuir a percepção de seu próprio estresse, como também reduzir os níveis de
cortisol (principal hormônio relacionado ao estresse) pela metade, quando
comparado a um grupo controle. “Atualmente, na área de saúde, há um grande
interesse em programas que possam ajudar a mudar o estilo de vida para um modo
mais saudável, com redução de sintomas de estresse e melhora na qualidade de
vida. Neste sentido, programas que incluam práticas meditativas podem ter um
papel bastante importante, não apenas no tratamento de doenças, como também na
promoção de saúde. Tais práticas ajudam o indivíduo a desenvolver um foco de
atenção para sua vida diária, o ajudando a perceber respostas automáticas que
nem sempre se refletem nos melhores hábitos ou comportamentos.
Segundo
Elisa, existem, na literatura científica, diferentes trabalhos relacionando a
meditação sobre uma melhor atenção, regulação emocional e melhora de problemas
cardiovasculares. “Por outro lado, sempre recomendamos o acompanhamento de um
profissional de saúde quando se trata de doenças físicas ou mentais. A prática
de meditação não é uma panaceia e geralmente é um método coadjuvante quando se
pensa em tratamento”, explica.
Serviço
Neuroplasticidade
e Meditação
Dia
29 de março, das 8h30 às 12h15
Anfiteatro
Fleury – Famerp
Inscrições
no local
Informações:
3223.3757
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