terça-feira, 5 de novembro de 2013

CORRENDO DE UM LUGAR PARA OUTRO SEM SAIR DO LUGAR: REFLEXÕES E CONFISSÕES DE YEHUDA BERG & SANTO AGOSTINHO



Dois discursos, um de um rabino americano contemporâneo e o outro de um célebre bispo e teólogo cristão de dezessete séculos atrás, trazem insights para nossas vidas atribuladas e cheias de movimentos, muitos deles movimentos que nos mantém parados no mesmo lugar, algumas vezes sem sequer percebermos — ainda com o olhar voltado para fora em busca de descobertas. Yehuda Berg, autor de “O Poder da Kaballah” e “Os 72 Nomes de Deus”, descendente de uma linha de rabinos e um dos diretores do The Kaballah Center de Los Angeles (EUA), fala quase psicoterapeuticamente dos movimentos e da correria que produzimos cegamente, sem entender o “caos que parece nos seguir”. A outra frase é um trecho das famosas “Confissões” (~397) do teólogo, bispo e filósofo da Igreja Católica Santo Agostinho, que escreveu essa reflexão após comentar como se sentia instigado a explorar as profundidades do seu ser e de sua memória, uma faculdade até então obscura e fantástica.



Primeiro, Yehuda Berg:

“Podemos viajar grandes distâncias, mas continuar onde estamos.
Às vezes passamos a vida correndo de um lugar para outro, mas permanecemos a mesma pessoa. É por esse motivo que o mesmo tipo de situação, pessoas e caos parece nos seguir, não importa onde estejamos, até que descubramos as lições que devemos aprender e que tenhamos feito uma mudança interna.
Crescimento pessoal tem pouco a ver com o lugar onde estamos e tudo a ver com como estamos.”
~ Yehuda Berg



E abaixo, o trecho de “Confissões“:

“Os homens viajam para se maravilharem com
a altura das montanhas
as ondas imensas do mar
os longos cursos dos rios
o vasto âmbito do oceano
o movimento circular das estrelas
e passam por si mesmos sem se maravilhar.”
~ Santo Agostinho (354-430), em “Confissões”



fonte: budavirtual

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